MMA (Vale Tudo): Saiba tudo sobre o UFC e o Pride
Uma das competições esportivas que mais crescem atualmente é o estilo de luta conhecido por MMA (Mixed Martial Arts, ou Artes Marciais Mistas), famoso no Brasil como Vale-Tudo. Embora a olhos leigos pareça um esporte violento, a cada dia ele se torna mais profissional, com regras bem definidas, lutadores que são verdadeiros ídolos e um público crescente a cada novo evento.
Mas como surgiu o MMA? Os primeiros registros datam do séculoVII a.C., quando os gregos criaram o pankration, uma mistura de boxe com luta livre e que chegou a ser o esporte mais popular dos jogos Olímpicos da Antiguidade. Com a ascensão do Império Romano, o pankration entrou em declínio, dando lugar ao boxe e outros esportes mais difundidos no Império Romano.
O nascimento daquilo que se tornaria o embrião do MMA ocorreu somente no século passado, graças ao brasileiro Carlos Gracie, que aprendeu judô e o transformou de tal forma que criou uma nova modalidade chamada de jiu-jitsu. Para promover o jiu-jitsu, Gracie e seus irmãos criaram o Gracie Challenge, onde desafiavam lutadores de outras modalidades para mostrar como os lutadores de jiu-jitsu poderiam encarar oponentes de qualquer estilo de luta, e vencê-los. Não é à toa que os desafios eram conhecidos como Vale-Tudo.

Desde então, o esporte vem crescendo exponencialmente, seja em popularidade, estrutura ou quantidade de dinheiro envolvido. O primeiro grande evento de Vale-Tudo ocorreu em 1993: o Ultimate Fighting Championship (UFC), realizado nos Estados Unidos batendo recordes de audiência na TV paga. As primeira edições do UFC não tinham muitas regras: os lutadores sequer eram categorizados de acordo com o peso, não havia limite de tempo ou equipamentos de segurança. Era entrar no famoso ringue octogonal (The Octagon) e lutar até que seu oponente fosse nocauteado ou desistisse da luta.
Hoje, com a evolução natural das regras, o MMA tornou-se um esporte praticado em altíssimo nível, com regras rígidas que tem como principal objetivo manter a integridade física dos atletas e garantir para o público um excelente entretenimento. Embora não exista um órgão regulamentador central, as lutas de MMA há muito deixaram de ser um Vale-Tudo, seguindo algumas regras básicas:
-Os lutadores devem usar luvas de dedo aberto, que deverão ser fornecidas pelo evento;
-É obrigatório o uso de coquilha (acessório para proteção genital);
-É obrigatório o uso de protetor bucal;
-É permitido (mas não obrigatório) o uso de: sapatilhas, protetores para os joelhos, protetores para os cotovelos e bandagens para os tornozelos e punhos;
-Os lutadores não podem aplicar na pele produtos como óleo, vaselina etc.
Além disso, algumas regras de combate são estabelecidas. É proibido:
-Atingir a região genital;
-Morder;
-Por dedos nos olhos do oponente;
-Puxar cabelo;
-Atingir nuca (no Pride);
-Dar cotoveladas de cima para baixo;
-Dar qualquer tipo de cotovelada (no Pride);
-Dar cabeçada;
-Agarrar as cordas do ringue;
-Jogar o adversáriopara fora do ringue;
-Chutar o adversário quando ele estiver no chão (UFC);
-Pisar na cabeça do oponente;
-Dar pedaladas quando o adversário estiver com os joelhos no chão;
Os lutadores que deixarem a luta ‘amarrada’, não demonstrando agressividade, são advertidos e a luta é reiniciada. Se os dois lutadores estiverem no solo a ponto de sair do ringue, o juiz deve parar a luta e colocar os dois lutadores na mesma posição no centro do ringue.
A luta é finalizada quando:
-O lutador bate no tatame, indicando que não suporta mais o golpe
-O treinador joga a toalha no ringue
-O lutador desmaia ou o juiz decide que ele não pode mais continuar
-O lutador sangra, e o ferimento não é estancado pelo médico no tempo estabelecido
-O lutador viola as regras listadas acima
-O tempo de luta se esgota
Dada a aparente brutalidade do combate, é normal os lutadores terminarem a luta sangrando, mas por mais incrível que possa parecer, são apenas ferimentos superficiais, bem menos graves do que acontece no boxe, por exemplo, onde é comum lutadores encerrarem a carreira por conta de danos cerebrais, ocasionados por socos dados pelo tipo de luva que não machuca a pele, mas tem efeito devastador nos órgãos internos.

Dois grandes eventos dividiam a atenção dos fãs do MMA: o UFC e o Pride. Com a aquisição do Pride pelo UFC, todos as grandes lutas de MMA ficaram sob a tutela do UFC, sendo que a cada ano é realizado um grande evento reunindo os campeões do UFC e do extinto Pride.
As diferenças que existiam entre os 2 torneios eram pequenas, relativas apenas à duração dos combates e distribuição das categorias por peso, como você pode conferir abaixo:
UFC
Início: 1993
Local: Estados Unidos
Rounds: 5 rounds de cinco minutos (cinturão) ou 3 rounds de cinco minutos
Ca
tegorias: Lightweight (até 70,307kg)
Welterweight (até 77,111kg)
Middleweight (até 83,915kg)
Lightheavyweight (até 92,987kg)
Heavyweight (até 120,203kg)
Pride
Início: 1997
Local: Japão
Rounds: 1 round de dez minutos e 2 de cinco minutos
Categorias: Lightweight (até 70kg)
Welterweight (até 83kg)
Middleweight (até 93kg)
Heavyweight (acima de 93kg)

Sendo berço do jiu-jitsu, o Brasil logo se destacou no MMA, sempre trazendo lutadores de alto nível técnico para não só competir, mas também para se tornarem vencedores em qualquer categoria disputada. Entre os nomes a serem destacados estão o de Anderson Silva, Maurício Shogun, Murilo Ninja, Wanderlei Silva e Rodrigo Minotauro.
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História do Jiu-jitsu brasileiro
Jiu-jitsu brasileiro (em japonês: ブラジルの柔術, Burajiru no jūjutsu), ou jiu-jitsu Gracie (em inglês: Gracie jiu-jutsu) é uma arte marcial brasileira e estilo de judô desenvolvido pela família Gracie, no quartel inicial do século XX, que se tornou a forma dos descendentes do jiu-jitsu (excepto o judô) a mais difundida e praticada no mundo, mormente depois das primeiras edições dos torneio misto de artes marciais UFC, nos idos da década de 1990.
A despeito do nome da modalidade ser jiu-jitsu, a bem da verdade, a modalidade foi desenvolvida como especialização e ênfase das técnicas de controle e luta de solo, ne waza e katame waza, e ínfima atenção às técnicas de luta executadas de pé, tate waza. Posto que não muito evidenciadas, os golpes de ate waza e kansetsu waza, servindo como espeque e/ou intermédio para a consecução de um golpe final submissão do adversário, são também praticados.
O criador do estilo foi, em princípio, Carlos Gracie, que adaptou o judô com especial apreço à luta de solo, haja vista que sua mirrada compleição física punha-lhe em severa desvantagem contra adversários de maior porte. Partindo do princípio de que numa luta de solo, quando projeções ou mesmo chutes e socos não são eficientes, mas alavancas, sim, o porte físico dos contendores torna-se de somenor importância. Nessa cércea, aquele que tiver melhor técnica possuirá consequentemente a vantagem.
Se não foram originais em adaptar uma arte marcial provecta, haja vista que no Japão isso já há muito ocorrera com o aiquidô e o próprio judô, oriundos do jiu-jitsu, com o caratê, oriundo do te-jutsu de Oquinaua, ou mesmo no resto do mundo como o krav maga (Israel) ou a capoeira regional (Brasil), Carlos Gracie e depois Hélio Gracie foram originais em criar um paradigma que prima pela efetividade. Comprovado ou seu sucesso em competições, o jiu-jitsu brasileiro serviu de cerne do que viria a ser a modalidade artes marciais mistas.
História
Começo no Brasil
No século XIX, mestres de artes marciais japonesas migraram do Japão para outros continentes, vivendo do ensino dessas artes e de lutas que realizavam.
Mitsuyo Maeda, conhecido como Conde Koma, foi um grande judoca da Kodokan, nos primórdios deste. Depois de percorrer vários países com seu grupo, chegou ao Brasil em 1915 e fixou residência em Belém do Pará, existindo até hoje nessa cidade a Academia Conde Coma. Um ano depois, conheceu Gastão Gracie. Maeda ensinou um grupo que incluía Luiz França, futuro professor do mestre Oswaldo Fadda. Gastão era pai de oito filhos, sendo cinco homens, tornou-se entusiasta do Judô e levou seu filho Carlos Gracie para aprender a luta japonesa.
Pequeno e frágil por natureza, Carlos encontrou no judo (na época ainda conhecido como "Kano jiu-jitsu") o meio de realização pessoal que lhe faltava. Com dezenove anos de idade, transferiu-se para o Rio de Janeiro com a família, sendo professor dessa arte marcial e lutador. Viajou por outros estados brasileiros, ministrando aulas e vencendo adversários mais fortes fisicamente.
Em 1925, voltando ao Rio de Janeiro e abrindo a primeira Academia Gracie de jiu-jitsu, convidou seus irmãos Osvaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com quatorze anos, e Hélio Gracie, com doze. A partir daí, Carlos transmitiu seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à condição física franzina, característica de sua família.
Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.
Detentor de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie vislumbrou no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Com o objetivo de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie desafiou grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.
Lutando contra adversários vinte, trinta quilos mais pesados, os Gracie logo conseguiram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio de Janeiro, porém nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu praticado por eles privilegiava somente as quedas (já vinham com a formação da Kodokan do mestre Jigoro Kano), já o dos Gracie enfatizava a especialização: após a queda, levava-se a luta ao chão e se usavam os golpes finalizadores, o que resultou numa espécie de luta livre de quimono.
Ao modificar as regras internacionais do judo e jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial.
Anos depois, a arte marcial passou a ser denominada de gracie jiu-jitsu ou brazilian jiu-jitsu, sendo exportada para o mundo todo, até mesmo para o Japão.
Hélio Gracie passa a ser o grande nome e difusor do jiu-jitsu, formando inúmeros discípulos, dentre eles Flavio Behring. George Gracie foi um desbravador, viajou por todo o Brasil, no entanto estimulou o jiu-jitsu principalmente em São Paulo, tendo como alunos nomes como Nahum Rabay, Candoca, Osvaldo Carnivalle, Romeu Bertho,Otávio de Almeida, dentre outros.
Royce Gracie e Rickson Gracie, filhos de Hélio Gracie, merecem um capítulo à parte pelo valor com que se impuseram como gladiadores e difusores da técnica e eficiência do jiu-jitsu nas arenas dos Estados Unidos e do Japão.
O jiu-jitsu hoje é o esporte individual que mais cresce no país: possui cerca de 350 mil praticantes com 1.500 estabelecimentos de ensino somente nas grandes capitais. Na parte de educação, o ensino do jiu-jitsu ganhou cadeira como matéria universitária (Universidade Gama Filho).
Com a criação da Federação de Jiu-Jitsu Brasileiro, as regras e o sistema de graduação foram sistematizados, dando início a era dos campeonatos esportivos. Hoje mais organizado, o Jiu-Jitsu Brasileiro já conta com uma Confederação e uma Federação Internacional, fundadas por Carlos Gracie Jr. como presidente (das duas entidades) e José Henrique Leão Teixeira Filho como vice-presidente da CBJJ, os dois partiram para uma organização nunca vista antes em competições de jiu-jitsu, as competições nacionais e internacionais que vem sendo realizadas, confirmam a superioridade dos lutadores brasileiros, considerados os melhores do mundo, e projetaram o jiu-jitsu ou brazilian jiu-jitsu, como a arte marcial que mais cresce no mundo atualmente.
Desde 1996, o Mundial de jiu-jitsu sempre foi disputado no Rio de Janeiro, exceto em 2007, quando ocorreu nos Estados Unidos da América.
Na década de 1990, o shihan Ricardo Morganti fundou no Brasil um novo estilo de Jiu-jitsu, denominado Morganti ju-jitsu.
Jiu-jitsu brasileiro em Portugal
O Jiu-jitsu chegou a Portugal em 1996 pelas mãos do professor Lauro Figueirôa, que foi com o objetivo de difundir o jiu-jitsu Gracie. Apesar de pouco ou quase nenhum recurso, conseguiu angariar bastantes alunos.
Em 1997 foi quando se realizou o primeiro capeonato da modalidade, realizado dentro da discoteca Bafureira Beach Club (antigo Scala), em São Pedro do Estoril.
Em 1998, o professor Lauro Figueiroa em conjunto com o Grupo SuperStar promoveu o primeiro confronto de vale-tudo em Portugal, entre o o próprio professor, representando o jiu-jitsu e o Mestre Pichote, representando a Capoeira (luta demonstração).
Em 2000, houve a disputa do primeiro Cinturão português de Vale-tudo, entre o Lauro, contra o tricampeão francês de Free-Fight, Eurico Soares. Luta vencida por Lauro por nocaute aos 30 segundos do primeiro round. Compareceram ao evento mais de 4.000.
Em 2001, em viagem ao Rio de Janeiro, o Lauro Figueiroa recebeu o convite do Grande Mestre Carlos Gracie Jr. para representar oficialmente a família Gracie em Portugal. Em 2002, devido ao grande crescimento do jiu-jitsu em Portugal e à imigração de muitos professores de Jiu-jitsu, Lauro funda a Associação Luso-Brasileira de Jiu-Jitsu e realiza a 25 de abril deste ano o 1º Campeonato Nacional de Jiu-jitsu Brasileiro. Neste mesmo ano o Profº Lauro F. organiza e prepara a primeira seleção portuguesa de Jiu-jitsu, que viaja com ele para o Campeonato Mundial no Rio de Janeiro - Brasil, trazendo como resultado uma medalha de prata da atleta Carolina Prado e um quarto lugar.
Em 2003, novamente o professor Lauro Figueiroa leva uma delegação portuguesa para o Campeonato Mundial no Rio de Janeiro - Brasil, trazendo mais uma medalha de prata da atleta Carolina Prado e no mesmo ano no Campeonato Master e Senior leva atletas onde conquintam uma medalha de ouro e outra de bronze.
O jiu-jitsu começou a ter maior número de praticantes a partir de 2000/2001, quando se abriram varias academias na zona de Lisboa.
Em 2003, a academia Brigadeiro perdeu o professor Marcos Koji e chegaram a Portugal os professores Marcelo Bernardo e Arnaldo "Pitbull" Santos para dar continuidade ao trabalho feito por Koji.
Em 2004, a Associação Luso-Brasileira de Jiu-Jitsu dirigida pelo professor Lauro, em parceria com a Confederação Brasileira e a Federação Internacional de Jiu-Jitsu, realiza o 1º Campeonato Europeu de Jiu-Jitsu da história e com grande sucesso conseguem a participação de atletas de mais de dez paises oriundos não só da Europa, como também das Américas e da Ásia.
Neste mesmo ano, Lauro Figueirôa passa a representar a International Budo Union e recebe o cargo de delegado para todo Brasil a convite do Grande Mestre Pedro Dabauza, nono dan de Jiu-jitsu tradicional.
Atualmente o Jiu-jitsu está espalhado por Portugal por conta de muitos alunos formados para o ensino do Jiu-Jitsu Brasileiro, entre outros professores que imigraram.
Graduação
Adotam-se as seguintes divisões de faixas no jiu-jitsu desportivo brasileiro para seus praticantes, conforme suas experiências e habilidades:
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Branca (iniciante, qualquer idade)
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Cinza (4 a 6 anos)
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Amarela (7 a 15 anos)
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Laranja (10 a 15 anos)
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Verde (13 a 15 anos)
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Azul (16 anos ou mais (até 4 grau)
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Roxa (16 anos ou mais (até 4 grau)
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Marrom (18 anos ou mais (até 4 grau))
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Preta (19 anos ou mais (até o sexto grau)
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Preta e vermelha (sétimo e oitavo graus. Título de mestre)
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Vermelha (nono e décimo graus. O último grau foi dado somente aos criadores do Jiu-Jitsu brasileiro; somente os mestres Carlos Gracie, George Gracie, Oswaldo Gracie, Gastão Gracie, Julio Secco, Hélio Gracie, Armando Wriedt (ainda em vida).
Os critérios de graus na faixa preta são:
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1º ao 3º - três anos cada, nove ao todo
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4º ao 6º - mais cinco anos cada, quinze ao todo
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7º ao 8º - mais dez anos cada, vinte ao todo
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9º - mais quinze anos
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10º - reservada apenas aos criadores da modalidade
Associações no Brasil
Técnicas, golpes e regras
O jiu-jitsu brasileiro tradicionalmente é lutado com kimono trançado (embora haja a modalidade jiu-jitsu sem kimono) e as técnicas visam levar o adversário a uma posição chamada de finalização, o que significa que, se levada adiante, causaria a fratura de um osso ou a morte por asfixia respiratória ou circulatória. A posição de finalização pode ser:
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reconhecida intencionalmente e manifestamente pelo derrotado através de dois tapas seguidos com a mão (ou, se as duas mãos estiverem presas, com o pé) no solo (tatame), no próprio corpo ou no do adversário; ou ainda por qualquer manifestação verbal que indique o desejo de parar a luta.
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reconhecida não intencionalmente pelo derrotado, através de gritos como "ai".
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requerida pelo técnico ou treinador do derrotado.
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avaliada pelo árbitro (nocaute técnico).
Quando o tempo da luta se exaure sem que haja uma finalização, é declarado vencedor aquele que ganhou mais pontos ou, em caso de empate, mais vantagens. Se persistir o empate, há a contagem por punições e, sucessivamente, uma avaliação subjetiva da arbitragem.
São contados dois pontos para queda, dois pontos para raspagem (derrubada de adversário já no solo), três pontos para passagem de guarda (situação em que o lutador consegue transpor as pernas do adversário, chegando à posição lateral, terminando numa imobilização estabilizada em três segundos), quatro pontos para montada ou ataque pelas costas.
São contadas vantagens para passagens ou montadas não estabilizadas, bem como golpes encaixados que não resultem em finalização. A punição pode ocorrer em várias situações, notadamente, em caso de pouca combatividade ("amarração") de quem estiver em vantagem, aproveitando-se de tal situação para deixar o tempo passar sem risco de reversão, mesmo após três advertências.
Alguns dos golpes mais conhecidos:
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De braço: arm-lock, chave americana, chave kimura, chave de bíceps.
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De mão: mão-de-vaca.
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Estrangulamentos: mata-leão, triângulo, ezequiel.
Golpes proibidos (CBJJ)
Exemplo de luta
De 04 a 12 anos
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Bate estaca
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Chave de bíceps
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Mão de vaca
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Triângulo puxando a cabeça
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Chave de pé (todas as formas)
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Chave de joelho, leg-lock
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Cervical
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Mata leão de frente
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Ezequiel
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Chave de panturrilha
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Omoplata
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Gravata técnica de frente
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Kanibasami (tesoura)
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Chave de calcanhar
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Gogo plata
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Omoplta de mão
De 13 a 15 anos
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Bate estaca
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Chave de bíceps
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Mão de vaca
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Triângulo puxando a cabeça
-
Chave de pé (todas as formas)
-
Chave de joelho, leg-lock
-
Cervical
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Mata leão de frente
-
Ezequiel
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Chave de panturrilha
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Kanibasami (tesoura)
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Chave de calcanhar
De 16 a 17 anos e adulto faixa branca
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Bate estaca,
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Leg lock
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Cervical
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Chave de bíceps
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Chave de panturrilha
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Mão de vaca
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Mata leão no pé
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Kanibasami (tesoura)
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Chave de calcanhar
De adulto a sênior 5 (faixas azul e roxa)
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Mata leão no pé
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Bate estaca
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Leg lock
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Cervical
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Chave de bíceps
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Chave de panturrilha
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Kanibasami (tesoura)
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Chave de calcanhar
Adulto à sênior 5 (faixas marrom e preta)
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Bate estaca
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Cervical
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Kanibasami (tesoura)
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Chave de calcanhar
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História do Judo
* Funda, em Fevereiro desse ano, a sua própria escola de ju-jitsu o Kodokan e em Agosto é nomeado professor no Colégio dos Nobres;
* Em 1884 é adido ao Palácio Imperial;
* No ano seguinte obtém a 7ª categoria Imperial;
* Em 1886 obtém a 6ª categoria Imperial; é nomeado vice-presidente do Colégio dos Nobres, passando a reitor do mesmo colégio dois anos depois;
* De 1889 a 1891 percorre a Europa como adido ao ministério da Casa Imperial;
* Em Abril de 1891 é nomeado conselheiro do Ministro da Educação Nacional e Director da Escola Normal Superior. Em Setembro de 1893 é nomeado Secretário do Ministro da Educação Nacional;
* Em 1895 obtém a 5ª categoria Imperial;
* Cria em 1897, a Sociedade Zoshi-Kai e funda os institutos Zenyo Seiki e Zenichi para a cultura dos jovens; Edita a revista Kokusiai;
* Em 1898 é director da Educação primária, no ministério da Educação Nacional;
* Torna-se presidente da comissão do Butokukai (Centro de Estudos das artes militares em 1899;
* É enviado por duas vezes à China pelo Ministro Nacional (1902-1905);
* Em Outubro de 1905, obtém a 4ª categoria Imperial;
* Exemplifica em 1907, no Butokukai, os três primeiros kata do judo;
* Em 1909 modifica os estatutos do Kodokan, tornando-o numa sociedade pública;
* Torna-se o primeiro japonês membro do Comité Olímpico Internacional;
* Em 1911 é eleito presidente da Federação Desportiva do Japão;
* Funda em 1915 a revista do Kodokan;
* Recebe no mesmo ano, do Rei da Suécia a medalha dos 7ºs Jogos Olímpicos;
* Em 1920 consagra-se inteiramente ao Judo;
* Em Julho, assiste aos Jogos Olímpicos de Antuérpia, visitando depois a Europa;
* Em 1921 demite-se da presidência da Federação Desportiva do Japão;
* Em 1922, passa a ter lugar na Câmara Alta;
* Em 1924 é nomeado professor honorário da Escola Normal Superior de Tóquio;
* Em 1928 participa na assembleia geral dos Jogos Olímpicos e nos próprios jogos;
* Desloca-se aos Estados Unidos em 1932 para assistir aos Jogos Olímpicos;
* Torna-se conselheiro do Gabinete de Educação Física do Japão;
* Participa por duas vezes no Conselho dos Jogos Olímpicos que lançará os convites para os jogos japoneses (l932-1934);
* Em 1936 assiste aos XI Jogos Olímpicos de Berlim;
* A 4 de Maio de 1938, morre a bordo do navio que o transportava ao Cairo onde se realizava a assembleia geral do Comité Internacional dos Jogos Olímpicos;
* Recebe a título póstumo a 2º Categoria Imperial.
Neste resumo pode-se ver que Jigoro Kano para além de uma vida pública repleta de actividade, ao mesmo tempo, conseguir conciliar a difusão do judo por todo o Mundo.
DO SONHO À REALIDADE
Jigoro Kano media apenas um metro e cinquenta, pesando uns escassos 48 kg. De saúde delicada, aos 16 anos, decidiu fortificar o corpo, praticando ginástica, remo e basebol. No entanto estes desportos eram demasiado exigentes para a sua débil constituição. Apesar de ser de filho de um samurai nas brigas entre estudantes, Kano era sistematicamente vencido, por tal facto decidiu estudar o ju-jitsu. O seu primeiro professor foi Hachinosuke Fukuda, da Escola Tenjin-Shin yo-Ryu. Sob, a direcção deste mestre, Kano iniciou-se nos métodos da Escola «Coração de Salgueiro». Em 1879, com 82 anos, Fukuda morreu e Kano herdou os seus arquivos e segredos. Tornou-se seguidamente aluno de Mestre Iso, um sexagenário que possuía os segredos de uma escola derivando igualmente de Tenjin-Shingo.
Interessado como era, Jigoro Kano treinou-se afincadamente enquanto prosseguia os seus estudos e tornar-se-ia em breve vice-presidente da escola. Infelizmente, Iso morreu muito cedo e o nosso jovem ju-jitsuka (praticante de ju-jitsu) encontrou-se de novo sem professor. Apesar de estar na posse dos livros e documentos que lhe tinham sido legados pelos seus ex-mestres, achou indispensável ser acompanhado por um bom professor. Foi então que encontrou mestre Iikugo, que lhe ensinou a técnica e os métodos da escola de Kito com a particularidade de nesta escola ter aprendido o combate com armadura.
Aos poucos, Kano foi aglutinando os métodos das diversas escolas, criando um sistema próprio de disciplina, continuando no entanto a treinar-se com mestre Iiku-go até 1885. Em Fevereiro de 1882 instalou-se no pequeno templo budista de Eishosi, da seita Jôdo. É neste templo, berço do Judo, que Jigoro Kano instala o seu primeiro dojo (sala própria para o estudo do judo).
Vivendo nas dependências do templo com alguns alunos e uma velha criada, dedicou-se pacientemente a desenvolver um novo método de educação física e formação de carácter, baseado no ju-jitsu.
Kano fez a síntese das melhores técnicas de ju-jitsu, escolheu os golpes mais eficazes e os mais racionais. O ju-jitsu era urna prática guerreira baseada na ligeireza do corpo e do espírito no entanto tinha diversas técnicas perigosas que foram eliminadas, aperfeiçoou a maneira de cair, criou uma vestimenta especial de treino (o judogi), pois o antigo trajo dos ju-jitsukas provocava frequentemente ferimentos e dedicou-se particularmente aos métodos de projecção, aperfeiçoando vários da sua autoria.
Kano pensou que a sua nova arte devia ter outro nome, pois a sua prática era diferente do jiu-jitsu. Tendo em conta a sua essência, a não resistência e o aproveitamento da força do oponente chamou a esta nova arte «judo».
O KODOKAN
Jigoro Kano baptizou a sua escola de Kodokan que significa «Escola para o Estudo
da Via» e, como já se disse começou a ensinar o judo a partir de 1882 numa modesta sala do templo budista de Eisho (Tokyo).
O primeiro aluno inscreveu-se a 5 de Junho de 1882, chamava-se Tomita. Depois vieram Higushi, Nakajima, Arima, Matsuoka, Amano Kai e o famoso Shiro Saigo. Este último tornar-se-ia campeão imbatível de judo, alcançando inúmeras vitórias sobre os adeptos do antigo ju-jitsu. As idades destes primeiros alunos oscilavam entre os 15 e os 18 anos. Kano albergou-os e ocupou-se deles como se fosse um pai. O dojo contava apenas com 10 tatamis. O Kodokan aceitou inúmeros reptos lançados pelos professores do ju-jitsu. Em 1883, o Kodokan mudou-se para Kojimachi e transformou em dojo o armazém de um editor chamado Shinagawa. No ano seguinte, o dojo aumentou para 40 tatamis.
Os encontros entre as diversas escolas de ju-jitsu multiplicavam-se. Tratavam-se, muitas vezes, de verdadeiros concursos em que os vencedores eram escolhidos para professores da polícia.
O Kodokan alcançou a sua primeira vitória em 1886: os seus famosos discípulos Saigo e Yoko-Yima foram particularmente notados. Secções do Kodokan criaram-se em Nirayama, Edajima, e Kyoto. O Kodokan apenas conheceu uma derrota: um formidável ju-jitsuka, chamado Tanabé, derrotou regularmente todos os seus campeões. Especialista do combate no solo, conseguia atirar os seus adversários ao chão e aproveitando-se das suas posições junto ao solo, estrangulava-os rapidamente. Destas derrotas Kano tirou uma lição, precisava de aperfeiçoar o judo no solo e todo o judoca deveria conhecer a luta tanto na posição de pé como no chão.
Em Abril de 1890 Kano mudou as instalações para Hongo-ku, Nasago-cho passando a contar com 60 tatamis. O judo estava agora definitivamente estabelecido. De ano para ano, o Kodokan aumentava o seu dojo. Enquanto Kano fazia as suas primeiras viagens pelo mundo e apresentava o judo na Europa e na América, confiava aos seus melhores alunos a direcção do Kodokan.
Em 1894 a sede passou-se para Koishikawa-ku, Shimotomisaka-cho contando com 107 tatamis. Em 1897 o governo japonês instituiu uma escola nacional de todas as artes marciais, o Butokukai. O judo passa a ser já ensinado pelos mestres Isogai, Nagaoka, Samura, Tabata e Kurihara. Em 1898 a superficie passou a ser de 314 tatamis depois da transferência para Otsaka, Sakashita-cho.
Embora estes ensinamentos fossem ministrados sob a orientação de Kano, o Butokukai não tardou em transformar-se em rival do Kodokan. Alguns anos mais tarde as escolas superiores e profissionais, patrocinadas pela Universidade Imperial de Tóquio, formavam outra federação: o Kosen. Os magníficos judocas destas duas últimas escolas fizeram a vida negra aos campeões do Kodokan. Contudo, este continua a sua ascensão. O seu último dojo é o maior do todo o Japão: 514 tatamis. O judo é, por fim ensinado oficialmente nas escolas. Nas classes secundá- rias e mesmo em inúmeras classes primárias o judo faz parte do programa do curso.
O Gokio, como método pedagógico é organizado por Kano com a ajuda dos mestres Yoko-Yama, Yamashita, Nagaoka, Iitsuka. As técnicas perigosas são eliminadas. O gokio voltaria a ser revisto em 1920 por uma dúzia dos maiores mestres e mantém-se inalterável até aos nossos dias.
Em 1909, o Kodokan torna-se uma instituição pública. É nesta época que os katas, estabelecidos pelo Butokukai, são ensinados no Kodokan e formam os primeiros fundamentos do judo: o nage-no kata, o kime-no kata e o katame-no-kata vêm juntar-se ao ju-no-kata e itsutsu-no-kata, elaborados em 1887.
O número de mulheres que praticam judo aumenta, cedo uma secção feminina é inaugurada. Kano pensa em elaborar um curso de formação para professores. Além disto o Kodokan, é dotado de associações culturais, de comissões de pesquisas, de comissões de estudo, etc.
Quando Jigoro Kano morreu, cerca de 120.000 judocas estão oficialmente recenseados dos quais 85.000 são cintos negros.
Foi pena que Jigoro Kano não tivesse pudido assistir em Março de 1958 à
inauguração do moderníssimo edifício que alberga hoje o Kodokan.
Para além do imenso tapete com 500 tatamis, tem mais três salas com 108 tatamis e três salas com 54 tatamis, contando com cerca de 2.000 m2 de áreas praticáveis destinadas a treino de competição, treino de mulheres, crianças, alunos particulares, estrangeiros, etc., com possibilidade de acolher estudantes especiais, assim como os monitores.
O JUDO APÓS A 2ª GUERRA
Sob o domínio Americano o Japão viu-se obrigado a alterar muitas das suas tradições. Os americanos interditaram todas as actividades inspiradas no bushido. As artes marciais e o judo foram proíbidos. O judo só podia ser praticado nas escolas.
Em 1946, os professores do Kodokan foram autorizados a ensinar judo... apenas às tropas americanas. Depois o judo foi permitido na condição de se apresentar, não como uma arte marcial, mas como um desporto. O Butokukai é definitivamente suprimido e o Kosen é forçado a decalcar as suas actividades pelas do Kodokan.
Até então o judo fora difundido sobretudo no Japão. Somente Kano e alguns dos seus discípulos o haviam introduzido na Europa e na América.
Em Inglaterra, França, Estados Unidos, Argentina, etc. começaram a despontar os primeiros iniciados no Judo. O judo iria expandir-se pelo mundo inteiro em pouquíssimo tempo.
Em 1950 cerca de 150.000 judocas são cintos negros. No ano seguinte as forças americanas autorizam o ensino do judo nas escolas japonesas. Em 1952, quando do 70º aniversário da criação do judo, contavam-se, somente no Japão, 200.000 cintos negros.
Em 1956 o Japão organiza os primeiros campeonatos do mundo, em Tóquio, Natsui foi o grande vencedor. Em 1958, de novo em Tóquio, realiza-se a final do segundo campeonato do mundo: Sone bate Kaminaga. Desde o fim da guerra, mais de 15.000 estrangeiros estagiaram do no Japão, a fim de se aperfeiçoarem.
O JUDO NA EUROPA
Na Grã-Bretanha, o judo foi introduzido por mestre Koizumi. Mas, até ao fim da segunda guerra mundial, não se desenvolveu muito, sendo apenas praticado por um restrito grupo de pessoas. Por várias vezes os judocas ingleses receberam a visita de mestres japoneses. Uma associação britânica, similar ao Kodokan e que tem o nome de Budokwai, passou a promover o judo neste país.
Em França, mau grado as visitas de Kano e outros especialistas nipónicos, o judo não teve êxito. Contudo em 1905, Guy de Montgaillard (apelidado Ré-Nié), abriu uma sala destinada ao ensino do ju-jitsu. Os seus reptos, sempre vitoriosos, endereçados aos boxeurs e lutadores, a par de uma boa propaganda, lançaram, na época, a moda de uma «misteriosa arte de lutar», de golpes tão secretos como formidáveis. Outro francês, mais aventureiro ainda e que vivera em Tóquio, o oficial de marinha Le Prieur, torna-se o primeiro cinto negro da França. Mas, apesar da visita de Ishiguro e o entusiasmo de alguns fanáticos, o judo não se consegue fixar em França.
Em 1935, um japonês, Mikonosuke Kawaishi, que vivia em Paris, principia a ensinar o judo segundo uma técnica pessoal. Um dos seus méritos foi assinalar os graus dos judocas com cintos de cores diferentes. Em seguida dividiu os golpes em grupos, cada técnica foi numerada, assim, uma projecção em que se desequilibra o adversário, varrendo-lhe a perna por detrás, é uma «projecção de pernas» e como esta era a primeira projecção ensinada por Kawaishi, chamou-lhe simplesmente «primeira de pernas».
E, assim, duas novidades racionais e psicológicas foram suficientes para popularizar o judo em França. Em 1943 quando teve de regressar ao Japão, Kawaishi formara já mais de 100 judocas. Quando do seu regresso a Paris em 1948, encontrou o judo francês em pleno progresso. Retomou de novo a sua direcção e difunde-o na Europa inteira. Embora inúmeras críticas fossem emitidas contra o seu método, Kawaishi deve ser considerado o verdadeiro fundador do judo europeu.
O judo espalha-se pelo mundo a pouco e pouco e alguns iniciados, disseminados por todos os países, trabalham na sua difusão. Alguns livros sobre o antigo ju-jitsu ou sobre o judo, constituíam a única fonte de informação destes professores improvisados.
Após a segunda guerra mundial, o público, ainda condicionado pela agressividade de tantos anos de hostilidade, sentia inconscientemente a necessidade de se defender. Sem o saberem, foi este o fenómeno psicológico explorado pelos pioneiros do judo. A fórmula «A defesa do fraco contra o agressor» ou, como lhe chamou Armando Gonçalves «0 Fraco Vence o Forte», fez furor.
Iniciou-se o período mágico do judo. Os professores ensinavam uma estranha mistura de ju-jitsu antigo, de judo, de luta e de boxe. A autodefesa estava na ordem do dia e muitos amadores inciaram-se nos «terríveis golpes secretos».
O trabalho de Kawaishi começava no entanto a dar os seus frutos. Os primeiros cintos negros franceses ensinavam na Bélgica, Espanha e Países Baixos, amadores de todos os países vinham de longe para receberem algumas lições dos mestres, pouco a pouco, os primeiros objectivos eram conseguidos. A técnica melhorou, os «professores improvisados» tornaram-se verdadeiros professores. Japoneses, com altas graduações, vieram de passagem ou até mesmo para se instalarem na Europa. Pouco a pouco, o autêntico judo de Jigoro Kano foi ensinado por toda a parte.
Técnicos europeus publicaram várias obras e a célebre revista «Judo do Kodokan» foi traduzido para o francês e inglês. Esta iniciativa, devida a um grupo de judocas entusiastas, permitiu publicar, cinco vezes por ano, os textos originais da revista do Kodokan, desde o princípio.
O Ocidente instruía-se assim, directamente, na origem. Todo o judoca, principiante ou especialista, passou a ter à sua disposição uma documentação única no mundo sobre o seu "desporto" favorito. O período desportivo começava. Cada país organizava a sua própria federação nacional, os primeiros campeonatos vieram à luz do dia e em Paris teve lugar, em 1951, o primeiro campeonato da Europa, ao qual assistiu Risei Kano, filho do fundador do judo, e que foi nomeado, na ocasião, presidente da Federação Internacional.
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Anthon Geesink - Jogos Olímpicos de Tokio |
